domingo, 17 de março de 2013

A intervenção pública em educação infantil nos Estados Unidos

David K. Dickinson, da Universidade de Vanderbilt (EUA) foi o último palestrante do Seminário de Educação Infantil organizado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em Brasília na segunda-feira (15). Na sua fala, o professor norte-americano enfocou os modelos de intervenção norte-americanos no desenvolvimento da linguagem. Segundo ele, o domínio dos instrumentos lingüísticos possibilita a leitura, a fala e aumenta a capacidade de aprendizado dos alunos. "Pesquisas mostram que a linguagem das crianças aos três anos prediz o vocabulário que elas terão na 3ª série. Isso demonstra a urgência de se trabalhar logo cedo o desenvolvimento infantil nas comunidades carentes, onde os estudantes de baixa renda tendem a ficar para trás neste quesito", alerta.

O educador mostrou exemplos de intervenção educacionais de sucesso nos Estados Unidos. A maioria, voltados para populações carentes. Um dos mais eficientes, segundo o pesquisador, foi o modelo de visitas domiciliares feitas por enfermeiras. As visitas começam antes do bebê nascer. "São cerca de sete visitas antes e outras 18 depois que o bebê nasce, até os dois anos de idade", conta. Freqüentando a casa dos pais, as profissionais ensinam cuidados adequados, brincadeiras e formas de estímulo ao desenvolvimento infantil. Além disso, atuam como agentes sociais, identificando comportamentos de risco e maus tratos.

Outros programas, a exemplo do "Pais Como Professores", buscam desenvolver nos familiares algumas habilidades de educadores. Quem ensina os métodos são agentes treinados da própria comunidade. Já o "Vá e Leia", implementado por pediatras, distribui livros para as mães e estimula a leitura nas crianças. O pesquisador afirma que todos os programas contam com avaliação experimental rigorosa e supervisão de especialistas. "Quanto mais eficazes os programas, maiores impactos terão em famílias pobres. Mas para que os modelos de intervenção dêem certo, é preciso conhecer a realidade do local onde são aplicados. O desafio é grande, mas é muito compensador", garante.

E o resto do Brasil, vai aproveitar os ensinamentos colhidos no Seminário de Educação Infantil? O deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), presidente da Comissão de Educação da Câmara e organizador do Seminário, espera que sim. Em entrevista exclusiva concedida a NOVA ESCOLA ON-LINE, o parlamentar adiantou que será preparado um seminário com especialistas brasileiros com base nas idéias colhidas no Seminário. "Dessa vez, não quisemos polemizar. Apenas apresentamos boas experiências. Mas a idéia final é elaborar uma lei que possa ser um norte político para a educação infantil no nosso país", disse.

Antes de encerrar sua palestra e o seminário, Dickinson deu os parabéns a todos os educadores presentes pelo Dia do Professor, comemorado na segunda-feira (15). Finalizou com um pedido: "todos vocês aqui presentes vão voltar amanhã para a dura realidade das salas de aula. Aproveitem para ajudar a criar redes de profissionais para difundir a importância da educação de zero a três anos".

Modelos de intervenção adotados nos Estados Unidos
Visitas Domiciliares Fornecem consultoria e apoio. Alguns contam com o auxílio de enfermeiras, outros de agentes da comunidade treinados e supervisionados. Geralmente são seguidas instruções contidas em um manual ou guia de orientação. Visitadores dão conselhos e apoio educacional. A ênfase está no desenvolvimento físico da criança.

Pais Como Professores Programa criado em 1981 e voltado para pais de primeira viagem. Agentes sociais ensinam a desenvolver habilidades para lidar com os filhos e responde a perguntas sobre cuidados com os bebês.

Famílias Saudáveis Nos hospitais, são identificados pais de "alto risco", que recebem acompanhamento especializado. O alvo são pais e mães com história de abuso de álcool e drogas, depressivos ou portadores de transtornos mentais. Tenta reduzir abusos, mals tratos e stress familiar.

Programa Domiciliar Pais-e-Filhos (PCHP) Iniciado em 1965, conta com agentes sociais que fornecem brinquedos e ensinam as mães a brincarem com os filhos. Objetiva desenvolver a linguagem e compreensão cognitiva em crianças de dois a três anos.

Leitura Dialogada Método de leitura de livros que incorpora a participação de crianças. O treinamento dos pais é feito por meio de vídeos que são vendidos comercialmente. Voltado para crianças de dois a três anos provenientes da classe média e baixa. Melhora vocabulário e estimula a leitura.

Estratégias para brincar (PALS) Voltado para crianças de 13 meses, ensina mães a interagir e estimular a linguagem dos filhos. Agentes sociais fazem visitas semanais, ensinando sempre uma nova habilidade. As mães praticam o que aprendem e gravam suas performances em vídeo para se auto-observar posteriormente. Muda o comportamento das mães e das crianças, que tornam-se mais comunicativas e cooperativas.

PALS II Semelhante ao programa anterior, porém voltado para crianças por volta dos 38 meses. Melhora a compreensão, vocabulário e linguagem dos meninos e meninas.

Vá Além e Leia Programa voluntário implementado por pediatras com o objetivo de encorajar leituras. A cada consulta, os médicos dão livros e orientam as mães. Amplamente disseminado e com boa aceitação, trabalha com custos muito baixos.


BONS EXEMPLOS A SEREM SEGUIDOS .Ok!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Formação Social e Pessoal: Conflitos





Em nosso dia a dia, lidamos com várias situações
que envolvem a formação social e pessoal de nossas crianças,
como as de conflito.
É importante que a turma tenha uma lista de combinados,
registrados sob a forma de cartaz (por exemplo),
para que as regras de convivência da turma fiquem claras
para todos e que possam ser consultadas
sempre que necessário.
As pesquisas de mais de 20 anos de DeVries e Zan trazem valiosas sugestões
para que possam refletir sobre nosso papel
enquando mediadores das relações que acontecem
na sala de aula.
O texto abaixo é uma adaptação que fiz do capítulo 5.


O CONFLITO E SUA RESOLUÇÃO
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Os conflitos são inevitáveis em uma sala de aula ativa, onde ocorre a interação social. O conflito e sua resolução são essenciais na busca de uma convivência cidadã.
Se todos os adultos tivessem a capacidade para resolver conflitos interpessoais, teríamos a paz mundial.
Na teoria construtivista, o conflito é classificado por Piaget em duas formas: intra-individual (dentro do indivíduo) e interindividual (entre indivíduos).
O conflito intra-individual é uma fonte particular de progresso no desenvolemento cognitivo.
Ele afirmava que o conflito interindividual pode promover o desenvolvimento tanto moral quanto intelectual. Ele oferece um contexto no qual as crianças tornam-se conscientes de que os outros têm sentimentos, ideias e desejos.
Os estudos de Rheta DeVries e Betty Zan nos sugere atitudes gerais para lidar com os conflitos das crianças:

1. Seja calmo e controle suas reações: com a prática é possível que o professor parece calmo em estados de perturbação que as crianças atingem, algumas vezes. É importante transmitir tranquilidade às crianças. Dica: controle sua linguagem corporal, expressões faciais e o tom da voz. As crianças aprenderão a receber essa força tranquila como um apoio na condução das dificuldades.

2. Reconheça que o conflito pertence às crianças: o professor não deve assumir o problema das crianças. Devemos apoiar e facilitar a resolução dos conflitos pelas próprias crianças.

3. Acredite na capacidade das crianças para a solução de seus conflitos: o sucesso depende de acreditar que elas podem solucionar seus conflitos.

Princípios do ensino em situações de conflito:

1. Assuma a responsabilidade pela segurança física das crianças: devemos sempre evitar danos físicos, se possível. Se uma criança está machucando a outra, o professor deve intervir em torno do agressor evitando ferimentos. O professor deve expressar seus sentimentos em relação à situação.

2. Use métodos não-verbais para acalmar as crianças: além de dar uma resposta calma ao conflito das crianças, é bom sentar-se com as crianças, dando-lhes tempo para se recomporem antes de insistir numa conversa.

3. Reconheça / aceite / valide os sentimentos de todas as crianças e suas percepções dos conflitos: as crianças têm o direito de sentir o que sentem. É bom ouvir ambos os lados da história. Após ouvir o que eles têm a dizer, o adulto pode reconhecer os sentimentos específicos.

4. Ajude as crianças a verbalizarem sentimentos e desejos umas às outras e a escutarem o que outras têm a dizer: é importante não tomar partido, mas ajudar cada criança a compreender o ponto de vista de outra, reconhecer os sentimentos de outra criança e sentir empatia. O professor tem um papel importante como mediador, ajudando as crianças a tornarem suas ideias mais claras umas para as outras.

5. Esclareça e declare o problema: após se certificar do problema, o professor deve verbalizá-lo, para que a criança compreenda como a outra vê o que é o problema.

6. Dê uma oportunidade para que as crianças sugiram soluções.

7. Proponha soluções quando as crianças não têm ideias: quando as crianças não conseguem sugerir soluções, o professor deve propor ideias para consideração das crianças.

8. Enalteça o valor do acordo mútuo: o professor deve insistir aobre a importância de empenhar-se em fazer acordos.

9. Ensine procedimentos imparciais para resolver disputas em que a decisão é arbitrária.

10. Quando ambas as crianças perdem o interesse em um conflito, abandone-o.

11. Ajude as crianças a reconhecerem sua responsabilidade em uma situação de conflito: frequentemente, uma criança ofendida contribuiu, de alguma forma, para o conflito. É importante as crianças perceberem seu papel em um mal-entendido.

12. Dê oportunidades para a compensação, se for apropriado: as compensações preparam o terreno para o restabelecimento de uma relação amigável depois que o conflito termina. Se a criança agressora pode fazer algo para que o outro se sinta melhor, então estará menos propensa a levar consigo sentimentos de culpa ou ressentimento.

13. Ajude as crianças a restaurarem o relacionamento, mas não as force a serem insinceras.

14. Encorage as crianças a resolverem seus conflitos por si mesmas: o objetivo a longo prazo é que as crianças sejam capazes de resolver seus conflitos sem a intervenção do professor.

Fonte: "A ética na Educação Infntil", Rheta deVries & Betty Zan, Artmed Editora.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Organização da Sala de Aula

A organização da sala de aula revela nossa maneira de pensar Educação.
Porém, pode acontecer que a organização seja padronizada pela escola, ou simplesmente existir pouca possibilidade de modificar o espaço por vários motivos...
No livro BRINCAR E VIVER  a autora conta a sua história como professora de Educação Infantil e de como modificava o espaço da sala de aula para receber as crianças dessa faixa etária.
A arrumação da sala depende da professora, mas a manutenção da mesma deve ser compartilhada com as crianças: arrumar os brinquedos e livros, limpar o que sujar, são atitudes de cuidado com a sala.
A limpeza e higienização do ambiente deverá ser realizada pelo profissional responsável na escola.
Deixarei aqui no Baú de Ideias algumas sugestões para deixar sua sala mais aconchegante, alegre, dinâmica e organizada lembrando que essas ideias são das colegas do grupo de professores  do município  de Triunfo.



































Momentos MULHER (professoras) da rede municipal de educação de Triunfo - PE

Mulher (Sexo Frágil)

Erasmo Carlos

Dizem que a mulher
É o sexo frágil
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas...
Vejam como é forte
A que eu conheço
Sua sapiência
Não tem preço
Satisfaz meu ego
Se fingindo submissa
Mas no fundo
Me enfeitiça...
Quando eu chego em casa
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas prá quem deu luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito...
O outro já reclama
A sua mão
E o outro quer o amor
Que ela tiver
Quatro homens
Dependentes e carentes
Da força da mulher...
Mulher! Mulher!
Do barro
De que você foi gerada
Me veio inspiração
Prá decantar você
Nessa canção...
Mulher! Mulher!
Na escola
Em que você foi
Ensinada
Jamais tirei um 10
Sou forte
Mas não chego
Aos seus pés...









sábado, 2 de março de 2013

ESPECIAL PARA O DIA DA MULHER

Olá pessoal!
Várias colegas  me pediram uma ideia para trabalhar o Dia da Mulher.  Então segue  ESPECIAL PARA O DIA DA MULHER, com dicas incríveis de lembrancinhas e outras sugestões de atividades para esta data:


• Preparar o Cantinho do Jogo simbólico com vários materiais utilizados pela mamãe: roupas femininas, sapatos e bolso, maquiagem; vassoura, panelas e fogão de brinquedo; computador de brinquedo, papéis e revistas, livros etc.
• Em roda de conversa o professor motivará aos alunos dizendo que para comemorar o Dia da Mulher, irão pensar nas diferentes atividades que as mulheres fazem.
• Deixar que os alunos se expressem livremente, contando aos demais sobre a profissão de suas mães e de outras mulheres que vivem com eles. Ampliar a conversa chamando a atenção para as diversas profissões em que as mulheres atuam: médicas, professoras,motorista, secretárias, desenhistas, domésticas, cozinheiras, cabeleireiras, dentistas etc. Salientar que todas as profissões são importantes e fazem diferença na sociedade, além de estarem relacionadas entre si.
• Em seguida, propor que brinquem livremente no Cantinho.
• Propor um jogo de mímica, em que um aluno imita a mamãe para que os demais adivinhem o que ela está realizando. Garantir a participação de todos.

Mural
Finalizar a atividade propondo um Mural com o registro coletivo das muitas profissões femininas por meio de desenhos, colagens,pinturas ou escrita espontânea dos alunos. O professor também poderá ser o escrever o que as crianças falam.
Segue a dica. OK!